Hábitos comuns que prejudicam a saúde bucal
Podemos não perceber, mas existem hábitos frequentes no dia a dia que são comuns, mas que fazem muito mal à saúde bucal.
Práticas que inicialmente podem parecer inofensivas podem desencadear uma série de fatores e problemas e o produto final pode ser uma doença grave, perda dentária e doenças mais graves.
Por isso, esses hábitos devem ser notados e retirados do cotidiano, ou mesmo readequados/reduzidos. Caso contrário, podem desencadear uma doença sem que se perceba e dificultando o tratamento.
São diversos os problemas bucais que podem ser desencadeados por práticas inadequadas, sendo as mais comuns o:
- Desenvolvimento de cáries;
- Mau hálito;
- Doenças nas gengivas;
- Câncer bucal.
Dito isso, serão colocados neste artigo alguns dos hábitos que podem comprometer a saúde bucal, de modo que as práticas sejam identificadas e retiradas da rotina.
Beber refrigerantes
É comum encontrar pessoas do convívio social que dizem ser viciadas em refrigerantes, mas além da saúde do organismo, ela está sujeita a problemas bucais com esse hábito.
Isso porque os refrigerantes são ricos em açúcares, o que estimula a produção de ácidos e a proliferação de bactérias na cavidade, comprometendo a saúde e resistência das estruturas e tecidos.
Além disso, os refrigerantes são líquidos com alta pigmentação, principalmente os de cola. Isso pode causar o amarelamento ou manchas nos dentes, principalmente se forem consumidos com frequência.
Para amenizar esses efeitos, é possível recorrer a tratamentos diversos para redução dos pigmentos, como o clareamento dental, que deixa os dentes até sete vezes mais brancos.
Esse tratamento pode ser feito por meio do uso de moldeiras e géis clareadores ou no consultório odontológico, que pode utilizar laser para ampliar os resultados.
Contudo, em relação aos malefícios, o refrigerante também é um produto ácido e com diversos produtos industrializados, que também favorecem a erosão dental e o surgimento de inflamações, devendo ser evitados – ou higienizados adequadamente o mais breve possível.
Consumo de balas e outros doces
Quem não gosta de um doce, não é mesmo? Ainda mais no Brasil, um local em que o brigadeiro, a canjica, o pé de moleque e a rapadura são alimentos de tradição e fácil acesso.
Uma sobremesa é tradicionalmente uma opção após o almoço para adoçar a boca, principalmente quando se faz os famosos “almoços em família”. No entanto, o mal que os doces podem causar à saúde bucal podem ser graves se não for consumido com ponderação.
Como foi explicado no tópico anterior sobre o surgimento de cáries a partir dos doces, é preciso alertar sobre o seu consumo frequente para inflamações e formação de placas.
Consumir alimentos ácidos
Os alimentos cítricos, como limão, laranja e abacaxi também podem fazer mal à arcada dentária. Isso porque a acidez danifica a estrutura dos dentes, deixando-os mais fragilizados e porosos por alterar a mucosa.
Quanto ao tomate, o alerta é ainda mais intensificado, pois ele pode ser encontrado também em forma de molho, sendo mais ácido. Além de danificar a estrutura dentária, ele também pode pigmentar os dentes, deixando-os mais escuros ou amarelados.
Beber café diariamente
O café também é um alimento que pode escurecer e fragilizar os dentes, por conta da sua cor e temperatura em que é ingerido. Portanto, não se deve beber tanto café diariamente, principalmente como culturalmente é bebido.
Mais um problema é o café adoçado. Como abordado anteriormente, o açúcar é o elemento que mais agrada as bactérias da boca e, portanto, a que mais causa cáries e outras doenças bucais.
Portanto, beber muito café prejudica a cor do sorriso ao mesmo tempo em que pode comprometer a estrutura dos dentes.
Má escovação
A escovação é o principal fator higiênico para conservar um sorriso bonito e saudável. Contudo, se ela for feita de qualquer jeito, estará sujeitando os dentes a ficarem prejudicados, tanto em sua estética quanto em sua funcionalidade.
Os especialistas indicam que as pessoas escovem os dentes ao final de cada refeição e/ou lanche. Além disso, deve-se utilizar pouco creme dental para realizar a limpeza e recorrer às escovas com cerdas macias.
Uma escovação correta é feita movimentando as cerdas da gengiva para fora, como se estivesse “varrendo” a sujeira dos dentes.
Esse ato de higienização bucal tem duração de cerca de dois minutos e também deve contemplar a bochecha e a língua.
Já para quem faz uso de aparelho ortodôntico, seja o modelo tradicional ou os aparelhos móveis, é ainda mais crucial a escovação correta, recorrendo ao uso de escovas especiais para evitar que resíduos alimentares e bactérias fiquem presos à estrutura.
Vale ainda lembrar que é necessário escovar a cavidade com cuidado, calma e sem pressa, pois o movimento muito forte pode machucar a área e provocar dor.
Além disso, respeitar a forma e o período correto para realizar a escovação previne ferimentos à gengiva, evitando que movimentos bruscos possam feri-la.
Não usar o fio dental
Muitas pessoas dispensam o fio dental, desconsiderando a sua importância para a manutenção da saúde bucal, pensando que apenas a escovação já basta.
No entanto, o fio dental é fundamental para limpar lugares da arcada dentária que a escovação não alcança.
Com 40 centímetros de fio, deve-se passá-lo entre os dentes com cuidado, utilizando o dedo indicador de uma mão e o polegar da outra.
Também é preciso ter cuidado ao fazer os movimentos para não machucar a gengiva e desencadear inflamações. Para uma higienização completa e adequada, o fio dental deve ser passado diariamente.
Morder pontas de lápis e caneta
O hábito de morder pontas de lápis e canetas é geralmente criado na infância e é repetido por várias pessoas.
Esse ato é frequentemente feito como uma válvula de escape para momentos de estresse e ansiedade.
Apesar disso, esse ato pode não só danificar a estrutura dos dentes, como facilita o contato de bactérias diversas com a boca.
Por muitas vezes, a caneta ou lápis está sob uma superfície e é levado com a mão até os lábios ou dentes. Ou seja, por estar em contato com outros lugares, provavelmente tem uma série de germes que podem contaminar a cavidade.
Roer unhas
Assim como o hábito de morder pontas de lápis e caneta, o hábito de roer unhas também é uma válvula de escape para momentos de tensão e estresse.
Esse é um hábito muito popular no mundo inteiro. Estudos apontam que aproximadamente 30% da população mundial têm o hábito de roer unhas, o que representa cerca de 2,2 bilhões de pessoas.
Do mesmo modo que no tópico anterior, o hábito de roer unhas também pode danificar a estrutura do dente, além de transferir germes à boca.
Além disso, cabe ressaltar que em caso de haver tratamentos odontológicos em andamento, como lentes de contato ou aparelho dentário, a constância desse hábito pode prejudicar as estruturas e interferir no prazo do tratamento, ocasionando até quebras.
Abrir embalagens com a boca
É muito difícil encontrar alguém que nunca tenha tentado abrir um sachê de ketchup com os dentes, ou mesmo caixinhas e outras embalagens.
Assim como no hábito de morder objetos e roer unha, essa prática é maléfica à dentição e pode causar fraturas ou trincas na estrutura do dente.
Com a recorrência do hábito, as pessoas podem sofrer com lesões profundas nessas estruturas, demandando procedimentos reparadores como o implante dentário para que não fique um espaço entre os dentes – o que favorece a proliferação de bactérias e pode prejudicar a mastigação e a fala.
Tabagismo
O tabagismo é um dos principais vilões para a saúde bucal e do corpo.
A nicotina se acumula na superfície dos dentes, podendo manchá-los. Além do problema estético do hábito de fumar, ele também pode causar câncer bucal ou na garganta, além de afetar o pulmão.
Tirar o aparelho fixo e não usar o móvel
Quem utilizou algum aparelho fixo nos dentes sabe da ansiedade que é para tirá-lo e se ver livre dos fios de metal no sorriso, bem como aproveitar o sorriso renovado e alinhado.
No entanto, após o tratamento, é necessário utilizar o aparelho móvel posteriormente, pois ele desempenha o papel de fixador. Ou seja, ele estabiliza a arcada dentária em sua nova posição, impedindo que os dentes voltem a entortar.
Lembre-se que não realizar o processo de retirada corretamente e com os devidos cuidados faz com que os avanços do tratamento sejam perdidos, podendo ser necessário fazer uma nova colocação de aparelho ortodôntico no futuro, além de trazer um prejuízo.
Por isso, é preciso seguir as recomendações e passos de transição para ter a posição dos dentes ou da mordida correta, para quando finalizar todo o procedimento, apreciar um sorriso belo e saudável.
Beber muito vinho
O vinho é uma bebida de coloração escura e que pode pigmentar ou amarelar os dentes. Por isso, seu consumo em excesso deve ser evitado.
O indicado para quando for bebê-lo, assim como o café e outras bebidas com coloração forte, é passar/ingerir água para retirar os resquícios que ficam nos dentes, evitando que eles se manchem e os pigmentos se fixem.
Deixar de ir ao dentista
Muitas pessoas deixam para ir ao dentista apenas quando surge algum problema.
Inclusive, apesar do Brasil ser o país em que mais se forma dentistas, apenas 15% da população vai regularmente a consultórios odontológicos para acompanhar a saúde bucal.
Isso é um hábito muito maléfico e grave, pois ir ao dentista é uma forma de prevenir doenças na boca e controlar quadros de risco antes que se agravem. Desse modo, pode-se garantir um sorriso mais bonito e saudável por mais tempo.
Por esse motivo, ir ao dentista a cada seis meses é o mais recomendado, para que o profissional faça a retirada do tártaro e placas, ao passo em que avalia a qualidade dos hábitos de higiene e condição da cavidade – verificando se há necessidade de outros tratamentos como a injeção do flúor para fortalecer o esmalte dental.
Deste modo, tendo mais atenção à rotina e práticas que podem ser prejudiciais para a cavidade oral, é possível ter mais qualidade de vida e saúde geral a longo prazo.
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